Transporte público: vilhenenses não usam o veículo
por Jessica Meireles e Thaís Rivero
Os vilhenenses utilizam outros meios para se locomover no município, poucos sabem que o município possui transporte público. Essa baixa inserção já ocasionou até na redução do transporte. Entre aqueles que conhecem o ônibus circular da cidade, muitos apontam para a falta de conhecimento dos horários do veículo e o local onde eles pegam os passageiros para explicar a pouca adesão dos habitantes.
+ Idosos relatam experiências no ônibus circular de Vilhena
+ Universitária adere à bicicleta por falta de transporte público*

Além da linha principal do circular, a empresa também oferece outros caminhos, como as linhas da Gazin, do Ifro e da JBS. Segundo o gerente da empresa Transpaim, Jardel Texeira, de 36 anos, qualquer um pode embarcar nos veículos. As rotas das linhas específicas, contudo, atendem um número mais limitado de passageiros, em comparação com o circular. O desconhecimento das rotas e dos horários dessas outras linhas é ainda maior. “Não sei de outro ônibus, só sei desse circular mesmo; esse é o único que eu sempre peguei”, afirmou a passageira Telma Cesário, de 57 anos, espantada ao saber da existência de outras linhas do transporte público em Vilhena.
Segundo o motorista Eudizio Garcia, de 43 anos, a maioria dos passageiros é composta de idosos, que possuem passe livre e não pagam para entrar no transporte circular. O Secretário de Transporte, Eduardo Henz, afirmou que até janeiro de 2017 havia dois ônibus e uma linha circular na cidade para atender a população. A pouca quantidade de passageiros pagantes ocasionou na redução para apenas um veículo. Segundo o secretário, a empresa responsável pelo ônibus é terceirizada e não recebia retorno financeiro para poder fazer a manutenção dos dois veículos.

Jardel Teixeira, contou outra versão. De acordo com o gerente da Transpaim, o convênio da empresa com o governo, que paga as passagens dos idosos, foi cortado em 2015, por isso, um veículo foi retirado das ruas. Teixeira ainda disse que há promessas de que a nova gestão da prefeitura renove o convênio ainda em 2017.

Para o motorista Eudizio, como Vilhena não tem ponto de ônibus na maioria dos lugares, ele mesmo faz seus pontos de embarque e desembarque de passageiros. Independentemente de onde o ônibus estiver, se uma pessoa fizer sinal, o motorista para o transporte para o embarque e desembarque. Mesmo sendo o único que faz a rota circular, “todos os outros ônibus também são coletivos, por isso, devem parar onde as pessoas chamarem”, defendeu.
O dia a dia no ônibus circular de Vilhena. Vídeo: Thaís Rivero
Pingback: Universitária adere à bicicleta por falta de transporte público* – MORCEGADA