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Vilhenenses encontram nos brechós oportunidade para ganhar e economizar dinheiro

por Daiane Maduro

Com origem na Europa, os brechós chegaram ao Brasil no século XIX. A ideia de repassar adiante roupas e objetos usados se tornou popular após a crise econômica deixada pela Primeira Guerra Mundial. Mesmo com o passar dos séculos essa prática não caiu em desuso e, nos últimos anos, ela ganhou mais força. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o número de empresas que comercializam artigos usados cresceram 210% em cinco anos, o que revela um grande aumento nesse tipo de negócio.

O Analista do SEBRAE, Ermeson da Silva, atribui esse aumento de comércios usados à crise econômica que o país enfrenta. “Houve uma necessidade de reinvenção. As pessoas não param de ter necessidades durante a crise, porém, elas começaram a pensar no que era necessário e passaram a descartar o que era supérfluo e a tentar ganhar um dinheiro com isso”, contou.

Brechós movimentam cerca de R$ 5 milhões ao ano. Infográfico: Daiane Maduro
Brechós movimentam cerca de R$ 5 milhões ao ano. Infográfico: Daiane Maduro

Dona da ReUse, Lana Santos começou seu primeiro brechó em 2015. Quando viu que tinha muitas coisas que estavam na sua casa, montou um bazar entre as amigas. A partir daí percebeu uma oportunidade de negócio. Atualmente, está com dois brechós e pretende abrir mais um na cidade. “A Reuse leva roupa de qualidade para todas as classes a um preço acessível. Os brechós não são uma moda, são uma oportunidade”, acrescentou.

Raquel Dolenkei também dona do brechó Totalmente Demais, aberto há dois anos. Raquel começou o negócio após dificuldades financeiras ao chegar em Vilhena. No início, vendeu suas próprias roupas, assim como Lana. “Eu me peguei em um momento difícil, não precisava daquelas roupas e não fazia sentido eu passando necessidade e com tudo aquilo no meu armário”, relatou.

Lana investe alto nos seus brechós, todas as peças que chegam no local passam por uma curadoria rigorosa. Ela sempre verifica se as peças estão em bom estado e higieniza cada uma. Para ela, isso é essencial para conquistar o público e tirar o preconceito que existe nos brechós. “Para manter o padrão que eu tenho hoje, os custos não são baratos. A loja é limpa e bem cuidada. Isso quebrou aquele preconceito de que brechós só tem coisa antiga e é um lugar fedorento e desorganizado”, revelou.

Seja dono do seu próprio brechó. Infográfico: Daiane Maduro
Seja dono do seu próprio brechó. Infográfico: Daiane Maduro

A estudante de jornalismo da UNIR, Ingridy Baldez, de 20 anos, adora fazer compras em brechós, metade das suas roupas vem desses comércios. “Você vai no brechó, compra várias peças e paga o preço de uma”, explicou. Além de economizar dinheiro, ela destaca outros motivos para frequentar os brechós da cidade.

Morcegada

Site jornalístico supervisionado pelo professor e jornalista Allysson Viana Martins, vinculado ao Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

2 comentários sobre “Vilhenenses encontram nos brechós oportunidade para ganhar e economizar dinheiro

    • Olá, Raquel! A repórter falou sobre algo a respeito de sua história e seu estabelecimento que não condiz com a entrevista que você concedeu? Pedimos, por gentileza, que nos aponte especificamente o que está equivocado.

      Resposta

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