FEIRAS LIVRES: negócios beneficiam comerciantes e clientes

por Ingridy Baldez e Mileide Queiroz

As feiras são um espaço de convívio e de troca de informações sobre a economia local. Nelas, são adquiridos produtos com melhores preços, e os clientes ainda contribuem com a produção da agricultura familiar. A variedade dos preços não é o único motivo para as pessoas preferem as feiras, em detrimentos aos grandes mercados. A opção de produtos orgânicos de mais qualidade também aparece como atrativo.

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Além dos preços frequentemente mais baixos, as feiras também oferecem a “xepa”. Esse é momento em que já se está perto de acabar e os feirantes reduzem ainda mais os valores dos produtos para vendê-los. Nessa hora, o quilo de tomate, que custava, por exemplo, três reais, agora fica por dois.

No geral, as feiras já têm produtos mais baratos do que os mesmos oferecidos nos supermercados e hortifrútis. Em Vilhena, não é diferente. A pequena diferença entre os preços já influencia no bolso do consumidor. Em uma comparação entre o principal mercado da cidade e a feira que acontece às quartas-feiras e aos sábados, no bairro BNH, a diferença de preço do quilo de cada alimento é na maioria das vezes de R$ 1,00 real.

Os feirantes de Vilhena são diversificados. Alguns revendem produtos, outros vendem alimentos orgânicos produzidos em sítios da região. A maioria dos alimentos vendidos por pequenos agricultores é convencional. Os comércios livres geralmente são a principal fonte de renda de muitas famílias do município de Vilhena e da região do Cone Sul de Rondônia.

De terça a domingo, as feiras livres em Vilhena ocorrem desde 1980, apenas mudando os locais e horários conforme o passar dos anos. Em 2017, a prefeitura municipal estabeleceu horários e locais fixos para que elas aconteçam, estimulando a frequência das pessoas em cada local.

HISTÓRIAS DAS FEIRAS

A primeira feira livre na cidade de Vilhena aconteceu a partir do ano de 1980, aos domingos, na atual praça Ângelo Spadari. A família do professor Dirceu Orth, que na época tinha 5 anos, foi uma das primeiras a plantar e comercializar verduras nas feiras da cidade. Segundo Dirceu, no início, havia somente entre 7 a 10 feirantes, que vendiam seus produtos em cabanas cobertas com palhas, chamadas de Sapê. A partir de então, as feiras foram mudando de lugar, até que a prefeitura da cidade construiu, no antigo Mercado Municipal, a atual feira de domingo, localizada no centro de Vilhena.